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O impacto do exercício físico sobre a nefrotoxicidade induzida por Cisplatina em Ratas Wistar

Para conferir a apresentação geral do projeto, que foi realizada por mim e meu colega Hernando Nascimento, basta passa a imagens abaixo para o lado.

No momento, desenvolvo pesquisa sob orientação da Doutora Liliany Amaral, na qual objetivamos avaliar o impacto do exercício aeróbico sobre a nefrotoxicidade induzida por cisplatina em ratas Wistar.. A justificativa para nosso projeto embasa-se no câncer como um problema mundial de saúde pública, sendo responsável por mais de sete milhões de óbitos ao ano, o que representa cerca de 12% das causas de morte mundiais. A quimioterapia é uma das estratégias terapêuticas mais empregadas no tratamento da doença, contudo, a nefrotoxicidade é um dos maiores efeitos adversos no curso do tratamento com vários tipos de quimioterápicos, incluindo a cisplatina.


Embora a cisplatina seja uma droga amplamente utilizada nos cânceres de útero, bexiga, pulmão, pescoço e cabeça, dentre outros, muitos de seus mecanismos tumoricidas coincidem com os processos fisiopatológicos subjacentes à sua nefrotoxicidade. Daí, as terapias farmacológicas empregadas para reduzir a nefrotoxicidade de pacientes sob esquemas terapêuticos com cisplatina,

acabam também por interferir negativamente nas propriedades antitumorais da droga. Assim, atualmente, a principal estratégia utilizada para prevenir e/ou atenuar a injúria renal aguda (IRA) induzida pela cisplatina é a hidratação salina com administração simultânea de manitol. Contudo, estudos têm demonstrado que até mesmo esta simples abordagem terapêutica pode reduzir a atividade antineoplásica da droga. Logo, a comunidade científica concentrou-se, mais recentemente,

em identificar estratégias terapêuticas coadjuvantes, dentre as quais a prática de exercícios físicos, objetivando prevenir e/ou atenuar a IRA induzida por cisplatina, sem, contudo, reduzir os efeitos antitumorais da droga.


Assim, embora a prática de exercícios físicos seja amplamente reconhecida como parte de um estilo de vida saudável, ainda resta compreender os efeitos do condicionamento físico, principalmente quando adquirido previamente ao tratamento com cisplatina, sobre o estabelecimento da IRA. Além disso, a escassez de estudos com fêmeas tem dificultado bastante a compreensão da relação entre exercício e IRA na presença dos hormônios sexuais femininos, tornando os mecanismos subjacentes a esses processos ainda muito pouco esclarecidos. Sob essa ótica, a padronização de um modelo experimental que possa reproduzir as condições observadas em seres humanos, sobretudo em mulheres sob tratamento com cisplatina concomitantemente à prática de exercício físico moderado, será muito importante para analisar os mecanismos que suportam a relação existente entre exercício e IRA. Ademais, esse modelo também possibilitará o reconhecimento de novas estratégias terapêuticas que concorram para a prevenção/atenuação da nefrotoxicidade e melhoria da qualidade de vida.


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